sábado, 26 de outubro de 2013

ESPINGARDA NA HORA DO ACORDO

JORNAL NOROESTE, sexta-feira, 25 de outubro de 2013 23:14

Homem bate no carro e foge. Quando o motorista prejudicado o procura, ele recebe-o com uma espingarda.

Um homem residente no interior de Santa Rosa transitava com seu Chevette pela cidade, quando foi abalroado por um Monza. O motorista do Monza fugiu do local, mas seu endereço residencial foi localizado pela vítima.

Ao chegar na casa, foi recebido pelo indiciado armado de espingarda e assegurando que não iria pagar nada do acidente.




segunda-feira, 21 de outubro de 2013

CÂMARAS EM VEÍCULOS FLAGRAM ACIDENTES FORJADOS NA RUSSIA

REDE GLOBO FANTÁSTICO, 20/10/2013 20h59

Recurso se popularizou há cinco anos e é uma forma de provar a inocência em incidentes. Principalmente quando a suposta vítima tenta armar farsa.



Em nome da segurança, muita gente está instalando câmeras nos carros e nas motos. Esta semana, uma dessas câmeras registrou uma tentativa de assalto do ponto de vista da própria vítima.

“Ela já fica acoplada ao capacete. A gente registra no ponto que a gente decide que é legal para começar a gravar.”, explica o motoqueiro Anderson de Oliveira.

Naquele momento ele estava gravando. “Eu decidi ligar a câmera no momento que eu percebi que tinha uma moto atrás de mim. Aí deu no que deu”, lembra.

A imagem do assalto correu o mundo. Foram 27 mil visualizações na Rússia! O país onde ter uma câmera instalada no carro virou febre. Na Rússia, as câmeras filmam de tudo. O trânsito é complicado: bastante tráfego, confusão, brigas, e como tem acidente. Só em 2012, foram mais de 177 mil.

Mas alguns são pura pilantragem. Em um deles, um rapaz, decidido, e se joga no capô de um carro.

“A câmera ajuda a pessoa não cair nesse tipo de golpe”, explica Carlos Serapião.

Carlos é brasileiro e mora há sete anos na Rússia. Ele tem uma câmera no carro. “Você instala ela no local que coloca o isqueiro, então, toda vez que você liga o carro, ela automaticamente liga”.

Serguei explica que esse recurso se popularizou há mais ou menos cinco anos e é uma forma de provar a inocência em incidentes no trânsito. Principalmente quando a suposta vítima tenta armar uma farsa. A mais comum é a pessoa simular o próprio atropelamento para tirar dinheiro do motorista.

Funciona mais ou menos assim: o pedestre se esconde, espera o carro se aproximar e, de repente, se joga com tudo sobre o carro. Se arrisca por um dinheiro que nem sabe se vai ganhar. Às vezes parece piada.

No vídeo, você vê uma loira, que aparenta estar alcoolizada, ir de encontro ao carro, reclamar e, depois, calmamente, se jogar sob as rodas.

Um outro rapaz se joga bem lentamente. Depois finge ter machucado a perna.

Para Serguei, a maioria dos golpistas não arrisca a vida. Eles são muito bons atores.

Outra forma de trapaça é bater com equipamentos já quebrados nos retrovisores dos carros. No vídeo, dá para ver um celular sendo arremessado. Instantes depois, o homem diz que o motorista quebrou seu aparelho. Ele tem uma testemunha, mas a imagem filmada pelo carro de trás serve para provar que não passou de um golpe.

Tem também o golpe da marcha à ré. O motorista da frente engata a ré, ou para bruscamente, e provoca a batida na traseira do carro.

Foi o que aconteceu com Vladimir, meio russo meio brasileiro, três meses atrás. “O carro que estava na minha frente freou bruscamente. Eu não tinha tempo de reagir e bati atrás do carro dele. O homem falou que ele quer uns 5 a 6 mil rublos, que representam US$ 200 dólares - uns R$ 400, R$ 500”, conta.

Em qualquer acidente de trânsito na Rússia, as pessoas têm que parar o carro e chamar a perícia, que pode demorar algumas horas para chegar. Com a filha de 8 meses no carro, Vladimir não quis esperar e decidiu resolver no local, como chamam os russos.

“Eu tinha aquele dinheiro e resolvi dar aquele dinheiro e resolver na hora”, ele explica.

No dia seguinte, ele assistiu ao vídeo que tinha gravado e ficou intrigado com alguns detalhes: “A mulher do cara que estava dirigindo tem uma atitude bastante estranha. Ela está com peruca, tem o cabelo falso, está fazendo alguns sinais para seu marido”, relata.

Começou a pesquisar na internet e viu várias situações assim. Percebeu que tinha caído em um golpe. “Esses caras fazem esse golpe num local uma vez por mês, uma vez por mês em outro local. Essa é a minha história”, diz.

No Brasil, o advogado Alberto Germano instalou câmeras de segurança bem sofisticadas no seu carro. Ele conseguiu filmar o próprio assalto em fevereiro de 2013. As imagens foram entregues para a polícia. Mas até hoje ninguém resolveu o caso.

Vladimir está de mudança para o Brasil por motivos de trabalho. Daqui duas semanas, ele deve desembarcar em São Paulo com a mulher, a filha e a câmera.

“Vou instalar a câmera no meu veículo em São Paulo. Porque eu dirigi muito no Brasil, percorri o Brasil - do Rio Grande do Sul até o Ceará. E vou dizer: o trânsito no Brasil não é muito fácil não”, diz.

Enquanto isso, na Rússia, as câmeras devem continuar registrando cenas surpreendente e bizarras.


sábado, 19 de outubro de 2013

EGR PROMETE GUINCHO E AMBULÂNCIA

www.egr.rs.gov.br
ZERO HORA 19 de outubro de 2013 | N° 17588

CARLOS ROLLSING

REFORÇO NOS PEDÁGIOS. Guincho e ambulância, enfim

Acordo gestado por EGR e Ministério Público para manutenção de vias e socorro a motoristas deve pôr fim a impasses judiciais


Se nas estradas os buracos ainda causam reclamações de prefeitos e usuários contra a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), na esfera jurídica uma parte dos problemas deve ser resolvida nos próximos dias. Um acordo com o Ministério Público promete garantir manutenção das pistas e socorro médico e mecânico, o que poderá reverter a decisão que suspendeu a cobrança em Encantado e pôr fim a ações judiciais.

Promotores de diferentes comarcas abriram investigações por entender que a EGR cobra tarifa de R$ 5,20 sem prestar os serviços oferecidos pelas antigas concessionárias. Entre os apontamentos, se destacavam a ausência de reparos na pista, como ações tapa-buraco, e inexistência de serviços de guincho e ambulância.

Também não havia o contrato de gestão entre Estado e EGR. As providências da empresa foram aceleradas após a Justiça determinar, a pedido do MP, a suspensão da cobrança de tarifa em Encantado, no último dia 8.

Em três reuniões, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, debateu medidas com o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto. Foram assinados os contratos de gestão, empresas para manutenção foram selecionadas e um acordo com o Detran permitirá a oferta de guinchos.

Segue pendente a disponibilização do socorro médico, mas o problema deverá ser resolvido na próxima semana. A EGR deve assinar convênio e lançar licitação para a compra de 28 ambulâncias, ao custo de R$ 5,2 milhões. Elas serão repassadas aos bombeiros, que atenderão as ocorrências. Quando adquirir os veículos, a EGR deverá ultrapassar o número de 26 ambulâncias que eram oferecidas pelas concessionárias. A diferença é que os bombeiros terão de atender não só as rodovias, mas outros chamados.

Dornelles acredita que, com o acordo, as ações e inquéritos contra a empresa devem ser arquivados.

– Essa avaliação vai ser feita por cada promotor, mas, a princípio, se perde o objeto – explicou.

Também afirma que os bombeiros poderão garantir o socorro sem prejuízos aos usuários das rodovias:

– Os casos mais graves sempre foram atendidos pelos bombeiros. As ambulâncias tinham apenas técnico em enfermagem. Era só uma aparência de segurança médica que se tinha.

Estatal volta a prometer investimento

Criada com a promessa de aplicar 80% do valor arrecadado na conservação das estradas, a EGR está longe de alcançar este patamar. É o que mostram números atualizados até agosto divulgados pela estatal (veja ao lado).

Das nove praças que estão sob gestão da empresa, nenhuma se aproxima do nível prometido. O maior investimento está em Coxilha: aplicação de 51% dos recursos. O índice mais baixo é verificado em Venâncio Aires, onde só 18% das tarifas se converteram em ações de manutenção e serviços.

No período de baixo investimento, aumentaram as ocorrências de estradas deterioradas. Presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto diz que a situação será revertida nos próximos meses:

– Em Coxilha, conseguimos gastar mais porque restauramos quase 12 quilômetros. Lá, já temos obras mais adiantadas, enquanto nas outras praças estamos em processos de contratação. Aos poucos, vamos ampliar.

Sobre o socorro médico, Bertotto destaca que a EGR, além de comprar ambulâncias, concordou em fazer repasses mensais aos bombeiros (confira abaixo), que atenderão as chamadas. O recolhimento de veículos estragados ou acidentados será feito por guinchos do Detran, pagos pela EGR.

Apesar das promessas de soluções, deputados do PT pedem uma audiência com a direção da estatal para esclarecer as dificuldades administrativas e as más condições das estradas.
Saiba como devem funcionar os serviços para garantir a segurança e a saúde dos motoristas em caso de imprevistos nas estradas atendidas pela estatal


AUXÍLIO MECÂNICO

Como funcionará?
 A EGR assinou um convênio com o Detran para suprir a demanda. O socorro a veículos começa na segunda-feira. 

Haverá custo para o motorista? Não. Pelo convênio, a EGR deve pagar o valor dos guinchos ao Detran, que subcontrata as terceirizadas.

Quantos guinchos existirão? Não há número exato. Antes, as concessionárias deixavam 31 guinchos em locais estratégicos. Agora, o atendimento será conforme a demanda. Não haverá rebocadores exclusivos para as rodovias pedagiadas. Ao todo, serão 180 empresas terceirizadas que irão prestar o serviço nas estradas. De acordo com portaria do Detran, o guincho deve chegar ao local do chamado em até 20 minutos.

Como será feita a chamada de socorro mecânico? O motorista deve telefonar para o número 198, atendido pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM). Tão logo seja recebido, o pedido será transferido ao Detran e, depois, à empresa de guincho credenciada mais próxima. O veículo será rebocado para um local – como postos de combustíveis, oficinas ou praças de pedágio – determinado pelo CRBM.

SOCORRO MÉDICO

Como deve funcionar o serviço? 
A EGR assinará, na próxima semana, um convênio com o Corpo de Bombeiros. Serão destacadas 28 unidades da corporação para fazer o socorro nas estradas. A empresa não informou as cidades em que estão localizados os quartéis responsáveis pelo socorro.

Haverá custo para o motorista? Não. O custo já está embutido na tarifa de pedágio de R$ 5,20.

Quantas ambulâncias existirão? Pelo convênio, a EGR irá lançar licitação nos próximos dias para comprar 28 ambulâncias. Elas serão divididas entre as 28 unidades dos bombeiros que irão atender aos chamados. Três ambulâncias herdadas das antigas concessionárias serão deixadas na reserva. Cada uma das 28 unidades dos bombeiros receberá R$ 680 mil mensais da ERG, a título de compensação pelo serviço prestado.

Como será feita a chamada de socorro médico? O usuário terá de discar 198, número do Comando Rodoviário da Brigada Militar, que acionará o socorro. O Samu não atenderá essas ocorrências. Como o convênio entre EGR e bombeiros ainda não foi assinado, não há previsão de início desse serviço.



quarta-feira, 16 de outubro de 2013

SOB PRESSÃO, EGR DECIDE OFERECER AUXÍLIO MECÂNICO


ZERO HORA 16 de outubro de 2013 | N° 17585

PEDÁGIOS. Sob pressão, EGR decide oferecer auxílio mecânico

Empresa também pretende fechar parceria com o Corpo de Bombeiros para garantir socorro médico



A partir da próxima segunda-feira, as praças de pedágio administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) terão serviço de socorro mecânico, por meio de convênio firmado com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Segundo o presidente da estatal, Luiz Carlos Bertotto, a medida é uma resposta aos questionamentos do Ministério Público (MP). Ele não soube informar o valor investido e o número de guinchos que estarão à disposição dos usuários das rodovias.

Nos próximos dias, também deve ser acertada uma parceria com o Corpo de Bombeiros para socorro médico. Como contrapartida pela garantia de atendimento, a EGR deve adquirir 28 ambulâncias e repassá-las à instituição. O custo total é estimado em R$ 5,04 milhões.

Bertotto explica que, inicialmente, os serviços não estavam previstos porque a empresa seguia o modelo de pedágio comunitário administrados pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Após críticas de prefeitos e da cobrança do MP, a EGR realizou estudos e voltou atrás.

Ontem, Bertotto esteve no MP para apresentar as providências adotadas. Segundo o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Marcelo Dornelles, a documentação recebida será encaminhada para análise dos promotores que conduzem inquéritos civis em tramitação ou que ajuizaram ações civis públicas.

– O importante é que estamos buscando uma solução uniforme para a boa prestação dos serviços aos usuários que utilizam as rodovias administradas pela EGR – afirmou Dornelles.

A COMPANHIA - Veja quais praças de pedágio já estão sob a administração da Empresa Gaúcha de Rodovias, criada pelo governo estadual

PEDÁGIOS ESTRADA
Praça de Campo Bom ERS-239
Praça de Coxilha ERS-135
Praça de Portão ERS-122
Praça de Flores da Cunha ERS-122
Praça de Encantado ERS-130
Praça de Boa Vista do Sul RSC-453
Praça de Cruzeiro do Sul RSC-453
Praça de Venâncio Aires RSC-287
Praça de Candelária RSC-287



segunda-feira, 14 de outubro de 2013

ALERTA SOBRE BLITZ TERMINA EM PRISÃO



ZERO HORA 14 de outubro de 2013 | N° 17583


LEI SECA. Dois irmãos foram detidos porque estariam avisando condutores sobre barreira em Caxias do Sul


Um vídeo compartilhado 20 mil vezes nas redes sociais, até ontem à noite, reacendeu o debate em torno das pessoas que alertam motoristas sobre as blitze de trânsito.

Dois moradores de Caxias do Sul foram detidos pela Brigada Militar supostamente por estarem orientando outros condutores a desviar de uma barreira na Rua Sinimbu, no bairro São Pelegrino, na madrugada de sábado. Os homens, que são irmãos, negam as acusações e afirmam que os policiais agiram com truculência.

Os irmãos teriam se posicionado uma quadra antes da barreira na Sinimbu. Segundo o Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO/Serra), Marx e Lucas Preussler estavam a pé e alertavam motoristas sobre a presença dos policiais e de fiscais de trânsito. Por esse motivo, PMs foram atrás da dupla.

Marx teria se negado a obedecer a um dos brigadianos e teve que ser contido à força. Lucas gravou a confusão com um celular e disponibilizou o vídeo no Facebook, questionando o tratamento dado pela BM. A dupla foi levada para o plantão da Polícia Civil e liberada após o registro da ocorrência por desacato e desobediência.

Os dois negam as afirmações de que estariam sabotando a blitz. Marx diz que havia saído da casa de seu pai, a pé, quando foi intimado por um fiscal de trânsito. Também criticou a forma como foi tratado pelos policiais.

CANCELAS ABERTAS





ZERO HORA 14 de outubro de 2013 | N° 17583

ARTIGOS

Cláudio Brito*


Sou resistente aos pedágios, mesmo que não sejam cobrança repetida de impostos, como bem cedo me convenceram os bons professores de Direito Tributário que conheci. Mas ficou em mim um ranço por saber que o meu direito de ir e vir daria lucro a terceiros. Se devo render-me à realidade, que seja de forma branda e o mais justa possível, com pedágios oficiais, comunitários, sem dar lucro a ninguém, com modicidade na cobrança, apenas para custos operacionais, socorro, manutenção, ampliação e outras obras necessárias. As contas deveriam terminar no zero a zero. Aplaudi a alternativa que a EGR representaria, mas, pelo visto, está longe de cumprir. A Empresa Gaúcha de Rodovias, criada pelo governo estadual para afastar a ganância das concessionárias antecessoras, vê-se agora, atrapalhou-se e bem cedo já conhece a judicialização.

O promotor André Prediger iniciou uma Ação Civil Pública para buscar pronta correção dos erros de Encantado. Encontrou resposta na liminar do juiz Luiz Antônio Abreu Johnson, que mandou abrir as cancelas, suspendeu qualquer cobrança dos usuários e exigiu a apresentação de documentos, minuta de edital da licitação e outras medidas para exame da regularidade do funcionamento dos pedágios da EGR. A empresa recorreu. O desembargador Irineu Mariani manteve a liminar de Johnson e disse com todas as letras: “A agravante (a EGR) não vem cumprindo a obrigação legal de aplicar o dinheiro integralmente nas obras, serviços e demais investimentos na rodovia onde houve a arrecadação”. A EGR não cumpre a lei que a criou.

Outras demandas judiciais virão, porque tudo precisa ser tratado em cada praça de pedágio. A mesma lei de criação da EGR obriga a aplicação das rendas no lugar onde houver a arrecadação. Assim, pedágio pago em Encantado fica mesmo por lá. Ou deveria ser assim. Como se sabe, a EGR tem arrecadado bastante. E nada foi aplicado em socorros médico e mecânico. Sobre conservação e reparos, a Justiça concluiu que a EGR “não estava preparada para assumir o serviço, o que não é excludente de sua responsabilidade”. Até que a lei seja cumprida, fiquem as cancelas abertas e proibida a cobrança de tarifas. Em Encantado e em todos os lugares onde houver a ilegalidade.

*JORNALISTA

domingo, 13 de outubro de 2013

NOSSAS VERGONHAS RODOVIAS



JORNAL NOROESTE, sábado, 12 de outubro de 2013 15:10


O Tarso não veio à abertura do Encontro Estadual de Hortigranjeiros e a brincadeira que rolava na net era “vem de carro, governador!”, um apelo para conhecer a realidade das rodovias que ligam municípios da região. Ele não veio, infelizmente.

No final de semana fui a São Luiz Gonzaga, visitar parentes que residem perto de Laranja Azeda/São Lourenço. Lá tive a oportunidade de trafegar em uns 15 quilômetros por estradas de chão batido, fazendo, em média, 80 quilômetros por hora.

Tchê, na boa, em muitos trechos no asfalto entre Santa Rosa e Entre-Ijuís não se consegue andar a esta velocidade. Em muitos lugares a rodovia estadual está em piores condições que as estradas de chão no interior de São Luiz Gonzaga. São tantos os buracos que eles (os buracos, claro), podem conversar entre si e fazer apostas sobre qual vai ser a próxima vítima.

Tarso não veio de carro à região e perdeu uma ótima oportunidade de ver de perto porque os empresários se mobilizaram no início do ano em protesto pelo descaso. Quem é da política sempre dirá que o movimento foi político e que tudo se orquestrou para fins eleitorais. Quem é motorista, representante comercial ou dono de empresa que precisa fazer deslocamentos constantes sabe que a verdade é outra. Dói esse abandono do governo com que paga impostos.

Pior é ver que são as rodovias estaduais que penam. Aí você passa de Entre-Ijuís, rumo a São Luiz Gonzaga e vê homens na pista, obras de recuperação. Vai a Três de Maio e a Santo Cristo e vê as melhorias feitas. Claro, são trechos do Governo Federal. Ah, sim, a União tem mais recursos que o Estado!!! Pode ser, mas está gravado e anotado no Noroeste o discurso de Tarso, há dois anos, aqui mesmo, prometendo solução para o problema das rodovias.

Pior é contar isso a outra pessoa e ouvir que o trecho estadual de Roque Gonzales e São Paulo das Missões está pior que este de Entre-ijuís. Sinceramente, não consigo imaginar algo pior!

Os deputados e os secretários de Estado podem se esforçar o quanto quiserem para justificar essa inércia, colocar a culpa em editais mal feitos, em empresas privadas e questões técnicas. Mas, ninguém ouve mais essa retórica.

São desculpas demais. Entra governo e sai governo sem dar uma solução, sem fazer algo concreto. É por isso que os gaúchos não reelegem governadores há três décadas. Eles prometem e não cumprem, e o povo gaúcho não é bobo, aí responde com um “cai fora, governador”!

E para não dizer que não falei das flores, o asfalto de muitas ruas de Santa Rosa não merece esse nome. E, tudo o que foi escrito acima, em maior ou menor escala, se aplica a este mesmo contexto.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A DEGRADAÇÃO DAS ESTRADAS


ZERO HORA 10 de outubro de 2013 | N° 17579

EDITORIAIS


Teste objetivo feito nas rodovias reestatizadas mostra que, quatro meses depois da retirada das concessões, comemorada efusivamente nos meios oficiais, as condições de trafegabilidade das rodovias pioraram muito. Por razões entre as quais se destaca de longe a burocracia estatal, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e o Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) não estão conseguindo cumprir as promessas feitas à população de que é possível reduzir o preço dos pedágios e manter as estradas em condições razoáveis de trafegabilidade.

O ritmo acelerado da degradação fez com que os usuários praticamente não tivessem tido tempo de festejar a passagem da administração das rodovias dos polos de Lajeado e de Caxias do Sul para a administração do poder público. Quatro meses depois, a realidade constatada no cotidiano demonstra que os ganhos constituem exceção. De maneira geral, a situação demonstra piora nas condições de trafegabilidade e de sinalização, aumentando a insegurança de quem circula nos dois polos.

Os usuários não podem ser punidos por uma decisão oficial tomada sob a alegação de que iria beneficiá-los. É óbvio que ninguém gosta de pagar mais do que gostaria para trafegar, mas tampouco admite conviver com a ideia de se conformar com sinais visíveis de piora em itens essenciais.

É preciso que tanto a EGR quanto o Dnit possam resolver logo as indefinições desse período de transição. O enfrentamento dos entraves burocráticos é precondição para que comecem a implantar um cronograma de manutenção e recuperação das estradas. Não há outra forma de evitar mais frustrações e mais insegurança para os motoristas, além de um impacto no custo final no frete de maneira geral, que acaba recaindo sobre todos os consumidores.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

RACHA ENVOLVENDO MENOR NA DIREÇÃO PODE TER SIDO CAUSA DA MORTE DE TERCEIRO

ZERO HORA 08/10/2013 | 12h24

Adolescente de 17 anos conduzia carro envolvido em acidente com morte na Zona Sul de Porto Alegre. Delegacias especializadas em Trânsito e Crianças e Adolescentes investigam a colisão


O trânsito ficou bloqueado no sentido bairro-CentroFoto: Carlos Macedo / Agencia RBS

Thiago Tieze


O acidente que matou uma pessoa na zona sul de Porto Alegre, na noite de segunda-feira, teve o envolvimento de um adolescente na direção. Pelo menos duas delegacias investigam as circunstâncias da colisão, que envolveu três veículos na Avenida Nonoai.

Responsável pela investigação sobre a participação do jovem de 17 anos, que estaria guiando um carro Escort, o delegado Christian Nedel, da 1ª Delegacia de Polícia para o Adolescente Infrator, não descarta a hipótese de que o jovem estaria participando de um racha.

— Ainda vamos ouvir mais pessoas nesta terça-feira, mas os indícios de que estaria sendo realizado um racha são fortes. Estamos procurando imagens que possam identificar os veículos na via — afirma o delegado.

Um Palio e um Escort bordô se chocaram no sentido bairro-Centro da Avenida Nonoai por volta das 23h, atingindo um carro Verona, guiado Jerônimo Ricardo dos Santos Conceição, 48 anos, que morreu no local. Testemunhas teriam dito que os carros participavam de um racha.

Pelo menos dois feridos foram encaminhados ao Hospital de Pronto Socorro (HPS), mas não correm risco de vida. A morte de Conceição é investigada também pela delegacia de Homicídios de Trânsito.

sábado, 5 de outubro de 2013

JOVEM MORRE AO COLIDIR EM POSTE

ZERO HORA 05/10/2013 | 05h34

Jovem morre após carro colidir em poste e pegar fogo na zona sul de Porto Alegre. Vítima de 21 anos dirigia um Vectra bordô no sentido bairro-Centro da Avenida Padre Cacique


Acidente ocorreu no início da madrugadaFoto: Dani Barcellos / Especial


Um jovem de 21 anos morreu após colidir o carro contra um poste na Avenida Padre Cacique, em Porto Alegre. O acidente ocorreu por volta da 0h30min deste sábado, no sentido bairro-Centro. A vítima foi identificada como Jonathan Cristofoli Merlo.

Moradores da região contam que um veículo preto que trafegava pela Avenida Edvaldo Pereira Paiva teria ingressado na Padre Cacique por um acesso que faz o trajeto contrário, ou seja, da Padre Cacique à Edvaldo Pereira Paiva, e surpreendido Jonathan, que perdeu o controle do carro. O jovem estava sozinho em um Vectra bordô, que pegou fogo.

Após as chamas serem apagadas, o Instituto-geral de Perícias (IGP) coletou material para a investigação. Quando o corpo foi retirado do meio das ferragens, era mais de 3h. Um guincho removeu o carro do local, e a CEEE deu início aos procedimentos para reestabelecer a energia elétrica. O trânsito foi desviado pela Avenida Edvaldo Pereira Paiva.

Jonathan era morador da Zona Sul, estudante de Ciências Econômicas na PUCRS e gremista. Também ajudava no restaurante do qual o pai é sócio, na Capital. Deixa pais e irmão.