quarta-feira, 28 de agosto de 2013

FRAUDE PÕE 5 MIL CARROS ACIDENTADOS NAS RUAS


ZERO HORA 28 de agosto de 2013 | N° 17536

JOSÉ LUÍS COSTA*

CONSUMIDORES LESADOS

Instalados em CRVAs, golpistas omitiam sinistro em documento para lucrar com a revenda de veículos



Uma fraude espalhada por todo o país envolvendo a venda de carros usados revelada ontem pelo Ministério Público Estadual expõe o quanto o crime organizado pode lesar milhões de brasileiros. Por causa de falhas de comunicação entre departamentos estaduais de trânsito, os Detrans, golpistas legalizam carros acidentados com documentos oficiais e os revendem para motorista de boa-fé, causando prejuízos financeiros às vítimas e colocando em risco a segurança nas ruas e estradas de norte a sul do Brasil.

De acordo com levantamento do Detran gaúcho, 5 mil veículos foram licenciados de forma fraudulenta no Rio Grande do Sul, entre 2010 e 2013.

Investigações do MP em parceria com o Detran, indicam que o golpe (veja detalhes na página ao lado) também estaria ocorrendo em São Paulo, Paraná e Goiás.

Uma das pontas do esquema foi descoberta em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, que contaria com a participação de despachantes e funcionários do Centro de Registro de Veículos Automotores (CRVA) local. Segundo o promotor João Afonso Beltrame, que comandou as investigações, a partir do CRVA de Alvorada, 173 veículos foram registrados de forma fraudulenta nos últimos quatros anos.

Carros, caminhonetes, motos e outros modelos acidentados, com danos de pequena, média e grande monta – alguns nem sequer teriam condições de rodar porque as seguradoras o consideraram como perda total –, foram revendidos em 33 cidades, gerando lucros de até 340%, que somaram R$ 1,285 milhão.

Depois de oito meses de investigações, incluindo interceptações telefônicas, o MP deflagrou ontem a Operação Rousseau III, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e com ajuda de policiais militares. Foram realizadas buscas em 25 locais para recolher documentos e computadores. Doze apreensões ocorreram em Alvorada, onde foram recolhidas placas na casa de um dos envolvidos. Outros cinco mandados foram cumpridos em revendas e moradias de suspeitos em Porto Alegre, além de cinco ordens de busca no Detran de São Paulo e três no Detran do Paraná.

Investigação resultou em denúncia contra 117 pessoas

A fraude já resultou em denúncia do MP, aceita pela Justiça de Alvorada, contra 117 pessoas, entre elas comerciantes de veículos usados, donos de oficinas, cinco despachantes de Alvorada, um despachante de Porto Alegre, além do coordenador do CRVA de Alvorada e funcionários – 12 pessoas desse grupo, que tinham licença do Detran para manipular dados, foram afastadas das funções.

Conforme o promotor Beltrame, o coordenador do CRVA da cidade era sócio, com 50% de participação, de uma empresa de revenda de veículos usados de Alvorada, onde descarregavam cegonheiras abarrotadas de carros acidentados. O caso tramita na 1ª Vara Criminal de Alvorada em segredo de Justiça. Por essa razão, o MP evitou divulgar os nomes dos envolvidos, mas não está descartado um pedido de prisão para o grupo.

Os fraudadores são acusados de crimes de formação de quadrilha e inserção de dados falsos em bancos de dados da administração pública com o fim de obter vantagem indevida. As penas previstas, em caso de condenação, chegam a 12 anos de prisão.

– Este tipo de fraude deve estar acontecendo em todo o Brasil, pois a base de dados é do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) – lamentou o secretário estadual de Administração e Recursos Humanos, Alessandro Pires Barcellos, ao qual o Detran está subordinado.

*Colaborou Jaqueline Sordi João Alfredo Beltrame, Promotor de Justiça

A situação é gravíssima. Lesa pessoas que, por vezes, juntaram dinheiro a vida toda para comprar um carro, gerando riscos para elas e para terceiros.


Detran propõe mudança de regras


Para tentar estancar as fraudes, o Detran gaúcho está propondo que o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) altere a base de dados, incluindo um campo obrigatório para que seja inserido o registro, informando se o carro sofreu sinistro ou não. Assim, esses dados integrariam a base nacional, disponíveis para todos os departamentos de trânsito e sem possibilidade de alteração por parte dos CRVAs. O Detran também está estudando mecanismos para melhorar o controle dos registros nos próprios CRVAs.

Conforme o presidente do órgão, Leonardo Kauer, a investigação começou em 2011, a partir da identificação de um problema registrado em 2007, numa alteração do registro do motor de um veículo em que foram constatadas divergências entre os dados da documentação em papel e as registradas no sistema.

– Começamos uma investigação para cruzar os dados e analisar se isso era um problema isolado ou se era padrão – disse o dirigente.

Kauer explica que o setor de corregedoria do Detran identificou uma série de anomalias nos registros de veículos transferidos de outros Estados. A partir daí, duas investigações ocorreram em paralelo, uma pelo Ministério Público e outra pelo próprio órgão.

– A nossa maior preocupação é que existem veículos nas ruas sem condições de trafegar, e sem que os donos saibam disso. Eles podem trazer risco para quem está dentro dos carros e para quem está fora – argumenta Kauer.

Indagado sobre a responsabilidade do órgão por ser o emissor dos certificados de registros, conforme apontado pelo MP, Kauer entende que o Detran também é vítima.


QUEM VAI PAGAR? O que pode ocorrer com os proprietários

- Donos de carros oriundos de seguradoras receberão uma notificação do Detran para apresentar os veículos para uma inspeção. Ainda não há prazo para o envio das notificações.

- Se constatada a fraude, será emitido novo registro do licenciamento do veículo, ao custo entre R$ 120 e R$ 440. Ainda não foi definido quem arcará com a despesa. Os proprietários poderão ser obrigados a pagar pelo documento. Mas como adquiriram os veículos de boa-fé, o Detran pretende cobrar os custos dos CRVAs envolvidos no golpe.

- Para reparar danos, vítimas poderão entrar com ações judiciais contra os vendedores dos carros e contra o Detran, pois órgão é corresponsável pelos prejuízos por ser o emissor dos documentos fraudulentos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O ENGÔDO DA LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

BLOG DO MAJOR RONIE COIMBRA, segunda-feira, 26 de agosto de 2013



 Opinião por Ronie de Oliveira Coimbra*


Assunto que está a permear a internet recentemente é o caso do ciclista que perdeu um braço após ser atropelado na Avenida Paulista em São Paulo, no dia 10 de março de 2013, eis que a Justiça decidiu não processar o atropelador – que após fugir do local do acidente, ainda jogou o braço da vítima, que ficara preso ao veículo, em um córrego - por tentativa de homicídio com dolo eventual (assumir o risco de assumir o resultado), decisão que obviamente derramou sobre a vítima um sentimento de injustiça, pois a perda que teve no episódio, tanto física, quanto psicológica, não vai ter o reparo que considerava justo, e que se manifestou dizendo: 

"Achava que a lei ficaria do meu lado, mas ela ficou do lado dele", disse David (a vítima do atropelamento.) "É uma injustiça e uma incompetência da Justiça. Só alimenta a impunidade para pessoas que cometem crime no trânsito. No final, elas saem pagando uma cesta básica. É muito injusto, não só comigo, mas com outras vítimas de acidente de trânsito."

Pois bem, vou lhes contar a realidade que enxergo, e, embora não tenha “grande saber jurídico”, vou ousar e expressar minha opinião a respeito da legislação de trânsito brasileira, na verdade a verdadeira culpada pela sensação de injustiça de David, e não o Magistrado (Justiça) que tomou a decisão de não recepcionar a denúncia em desfavor do motorista. Caso alguém enxergue diferente, o espaço para o contraponto está à disposição. 

Primeiro que está na Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a descrição dos crimes de trânsito e suas penas. Ali está posta, descrita, a ação ou omissão, e suas consequências. Especificamente quanto a lesão corporal, o CTB, diz, em seu Art. 303 que “praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor submete o autor a possibilidade de penas de detenção, de seis meses a dois anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, e quando houver agravantes a pena pode ser aumentada de um terço à metade, mas, mesmo com esta majoração, ela será pequena e a pessoa receberá, no máximo, penas alternativas; e para o crime de homicídio de trânsito, o Art. 302 do CTB descreve assim: Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor, com penas de detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor, e, igualmente ao crime de lesões corporais, prevê majoração da pena de um terço a metade se houver agravantes, podendo, portanto, chegar a seis anos de detenção.

O CTB não prevê lesão corporal dolosa ou homicídio doloso de trânsito, mas, para estes delitos somente as modalidades culposas, ou seja, o autor da conduta (crime) não teria a intenção, a vontade de produzir o resultado, que acontece por negligência, imprudência ou imperícia. Aqui começam os problemas, pois para que o dolo eventual seja estabelecido, em um exemplo de homicídio de trânsito em que o motorista ingerira bebida alcoólica, o Magistrado deverá admitir que o condutor já tinha intenção de matar, ou assumira o risco de matar, por exemplo, antes de se embriagar e conduzir o veículo, e esta admissão é excepcionalíssima, e a regra é que os delitos de trânsito de lesões corporais e homicídio sejam culposos, sem intenção, de acordo com a previsão do CTB. 

Em instâncias iniciais da Justiça, em razão do clamor da população, e as vezes da mídia, o Magistrado acaba por admitir uma denúncia por dolo eventual, mas com grandes risco destas decisões sofrerem reforma nas estâncias superiores, a exemplo do STF, fazendo a tese cair por terra. 

Vez em quando legisladores, para aplacar a fúria das famílias dizimadas por motorista homicidas, irresponsáveis, ou desvairados, com cobertura pirotécnica da mídia, alteram a legislação e dizem que ela atingiu o ápice do seu rigor. Aqui outro engodo, pois o tão propalado rigor é uma falácia, e na prática inexiste.

A solução, penso, é simples, mas os legisladores não a querem produzir. Quais os motivos do desinteresse??? Qual o motivo da mídia de veicular que “agora” a Lei de trânsito é rigorosa e vai funcionar? 

Quem lucra com toda esta violência no trânsito? Como diria Leonel Brizola: “Existem interésses...”.
Não tenho todas as respostas para tanta inépcia, mas tenho a percepção de que bastaria apor no CTB a pena específica, e rigorosa - similares aos crimes de mesmo tipo, previstos no Código Penal Comum, a exemplo de lesão corporal e homicídio - para os crimes de lesão corporal culposa de trânsito, e de acordo com o resultado da lesão - se leve, grave e gravíssima – e para os de homicídio culposo de trânsito, com agravantes rigorosos, tanto para a lesão, quanto para o homicídio, por exemplo para quando o condutor estivesse embriagado, inabilitado, ou se possuísse habilitação, estivesse com ela suspensa ou cassada. Esta medida, creio, acabaria com interpretações dos tribunais, tanto de primeiras instâncias, quanto os superiores; e jogaria por terra, ao menos nos crimes de lesão corporal e homicídio de trânsito, a discussão de conceitos muitos próximos, portanto pedregosos de lidar, a exemplo de culpa, culpa consciente e dolo eventual; e acabaria também com a indústria recursal. Sim, porque apesar da boa vontade de alguns Magistrados em determinar o dolo eventual, quando em se tratando de delitos de trânsito previstos no CTB, não está expresso nesta Lei esta possibilidade dolosa, e sim, somente a culposa. 

O Ministro Marco Aurélio, do STF, quando comentou sobre um voto favorável a reforma de uma admissão de homicídio com dolo eventual, para homicídio culposo de trânsito, deu o seguinte recado ao Congresso, em razão de que alguns o criticavam: “Se querem que o homicida do trânsito tenha penas rigorosas, que prevejam isto no CTB”. E aqui deixo claro a mudança para mais rigor permitiria que a Lei continuasse a ser condescendente quando efetivamente ocorresse um acidente de trânsito em que a pessoa agiu somente com imprudência, negligência ou imperícia, porém, rigorosa quando o motorista adotasse condutas extremamente perigosas, como ingerir bebida alcoólica e dirigir, ou dirigir sem estar habilitado.

Daí, eu, em minha humilde base, fico a me perguntar porque os congressistas iriam querer resolver este problema que é essencialmente da sociedade? Qual o benefício que teriam? Ganhariam algo com isto? 

Depois os parlamentarem, alguns, claro, se sentem ofendidos quando o Judiciário toma decisões legislativas. Princípio básico que conheço: Quando alguém não ocupa o seu espaço, alguém acaba por ocupar, bem, se é que querem (os congressistas) ocuparem este espaço. Enqquanto isto as pessoas que integram a sociedade, a exemplo do caso do David, que perdeu o braço em razão de um atropelamento, no qual o condutor fugiu, e ainda jogou o braço que ficara preso ao veículo em um córrego, não entende por que a Lei posta não lhe alcança justiça, e eu não entendo, e você leitor também não deve entender, porque os que estão postos para produzirem boas leis não o fazem.


*Major na Brigada Militar

sábado, 17 de agosto de 2013

CRESCEM AS INFRAÇÕES DE JOVENS

ZERO HORA 17 de agosto de 2013 | N° 17525

ANDRÉ MAGS

PERFIL NO TRÂNSITO. Estatísticas do Detran revelam um salto no percentual de multas aplicadas em motoristas na faixa de 21 a 25 anos no Estado


Os últimos dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) apontam crescimento no número de infrações cometidas por motoristas entre 21 e 25 anos maior do que o de todas as outras faixas etárias. As multas estão em progressão entre os jovens também a partir dos 18 anos, e as explicações podem envolver desde a economia até o formato das aulas para motociclistas.

Desde 2007, o gráfico de infrações cometidas por quem tem entre 21 e 25 anos não para de subir, enquanto a proporção dessa faixa etária no total de condutores segue praticamente a mesma – 10,7% em 2007 e 10,17%, em 2013. Neste intervalo de seis anos, as infrações cometidas pelos condutores dessa faixa etária saltaram de 1,4% para 11,1% do total. Apesar de menos representativo entre o total de condutores, o grupo entre 18 e 20 anos apresenta evolução nas multas desde 2011. Entre 2007 e 2010, não havia registro de infrações cometidas por esses jovens.

Ainda não foi feito um estudo para identificar fatores que expliquem a alta, mas indícios apontados pelo Detran levam em conta a formação dos condutores. Silvério Kist, chefe da Divisão de Planejamento e Estatística do departamento, lembra que as motocicletas têm sido muito procuradas por jovens de 18 a 25 anos, devido ao preço mais barato em relação a automóveis. Só que o aprendizado na condução do veículo poderia ser aperfeiçoado, salienta:

– A gente considera que a habilitação de moto poderia ser um pouco mais rígida, para fazer com que a pessoa saia do CFC (Centro de Formação de Condutores) com uma experiência maior para lidar no trânsito. A aula prática é feita dentro de um ambiente indoor. Isso não faz com que o candidato saia de lá com a experiência necessária para andar nas ruas. A pessoa que vai se habilitar com motocicleta precisa ter uma percepção e uma habilidade maiores do que no carro, já que tem a questão do equilíbrio, entre outras coisas.

De qualquer forma, Kist considera bom que tenha aumentado o número de autuações entre os jovens porque isso reduz a sensação de impunidade. Ele lembra que melhorias passam por reformulação no setor de habilitação para motos. Existem discussões para mudar a legislação federal, sem efeitos, no momento.

Dirigente critica culpa jogada no condutor

Presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto-RS), Valter Ferreira da Silva centra suas críticas na formação dos condutores de moto. Para ele, 40 horas para aulas de teoria são insuficientes. Além disso, ele acha que as aulas práticas deveriam ter, no mínimo, 40 horas – sendo que só 15 delas em local fechado. O restante, nas ruas:

– Por que esses jovens tomam multa? Porque não aprenderam a pilotar decentemente na via, não tiveram contato com as placas.

Outro problema, segundo Silva, é “a falta de padrão na sinalização das rodovias”. Em um espaço a velocidade máxima é 60 km/h, em outro é 80 km/h, depois, 120 km/h.

– O trânsito está uma bagunça tão grande e sempre se joga a culpa em cima do condutor. A responsabilidade é do poder público que não investe e não educa. Se fosse pai de um jovem multado, entraria na Justiça porque o colocaram na rua sem conhecimento para pilotar uma máquina que pode ceifar a vida dele e de outros tantos que estiverem na via – afirma.


Economia põe mais novos em deslocamento

Com mais ofertas de trabalho aos jovens, eles estão se deslocando mais, tornando-se expostos à fiscalização de trânsito de uma forma nunca vista em gerações anteriores. Essa é a base da reflexão do sociólogo e consultor em segurança no trânsito Eduardo Biavati. Em uma economia de pleno emprego, há oportunidades de trabalho às faixas etárias que acabaram de ingressar no mercado de trabalho, e veículos como as motocicletas são os mais acessíveis para esses grupos.

– Mesmo que o contingente dessa faixa etária tenha se mantido constante ao longo desses anos na comparação com os demais condutores, tem que se considerar que é uma faixa etária de entrada no mercado de trabalho, e isso coincide com uma queda muito importante do desemprego. Os setores econômicos do Rio Grande do Sul vêm há tempos alertando para a escassez de mão de obra. É uma demanda que talvez esteja implicando em uma mobilidade maior – analisa.

Ainda que parte desses trabalhadores possa ter se empregado em funções que exigem o uso constante de veículos, como motoboys, essa não deve ser a regra, ressalta Biavati. Como o fenômeno econômico é nacional, o sociólogo cita uma pesquisa feita no Hospital das Clínicas de São Paulo. Do total de mortos no trânsito com motocicletas, dois terços não trabalhavam com o veículo, somente estavam em deslocamento.

As estatísticas do Detran também apontam uma importante presença de jovens vítimas entre os mortos no trânsito em motocicletas no trânsito gaúcho. Dos 264 acidentes fatais no primeiro semestre deste ano, 71 (26,8%) eram motociclistas de 18 a 24 anos. Em automóveis, dos 259 acidentes com óbitos, as vítimas no mesmo grupo etário chegaram a 50 (19%).


EXPLICAÇÕES. Indícios para o crescimento das infrações cometidas pelos jovens, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran)

- Municipalização no trânsito: aumento da fiscalização dentro dos municípios – onde os jovens circulam com mais frequência – com lombadas, pardais e agentes de trânsito, enquanto nas rodovias estaduais houve a desativação dos controladores de velocidade. Hoje, há 420 municípios gaúchos com a fiscalização do trânsito municipalizada, muito mais do que há cinco ou seis anos

- Aumento das blitze elevou o número de autuações

- Habilitação poderia ser mais rígida e ir além das práticas indoor

- Aumento da frota de motocicletas a partir de 2006 e 2007 por causa do baixo preço

- Maior número de compradores de motos entre 18 e 25 anos

- Mudança do sistema de fiscalização: pardais passaram a contar com tecnologia capaz de também flagrar motos em alta velocidade


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

PEDESTRE, O RENEGADO


ZERO HORA 15 de agosto de 2013 | N° 17523


MARCELO SGARBOSSA*



Personagem esquecido em Porto Alegre, o pedestre ganhou destaque após quase 900 terem sido atropelados nos sete meses de 2013. Foram 29 mortes por atropelamento, fazendo o índice crescer mais de 80% neste ano. Com dificuldade de locomoção, idosos representam a maioria das vítimas.

Aproveitando o Dia Nacional do Pedestre, celebrado em 8 de agosto, a EPTC reforçou campanhas educativas, com abordagens e orientações aos caminhantes da Capital. A conscientização é de extrema importância, sobretudo quando deixa de ser pontual e se torna cotidiana. Mas é um processo de longo prazo e não basta focar apenas nas vítimas.

Ações simples podem dar ótimos resultados, como ampliar a fiscalização e punir os infratores. Quem circula pela cidade, porém, percebe a falta de agentes de trânsito. Com isso, motoristas abusam da velocidade, pondo em risco a vida de pedestres e ciclistas, elos mais frágeis da corrente.

Recomendada pela Organização Mundial da Saúde, a redução do limite de velocidade em áreas urbanas é iniciativa de sucesso no Exterior que queremos aprovar na Câmara de Vereadores. Algumas cidades do país já discutem as Zonas 30 km/h, para dar tranquilidade às pessoas que se deslocam a pé ou de bicicleta, às crianças e aos mais velhos, que precisam de tempo maior para atravessar as ruas.

Há muita gente indignada com o tratamento que as autoridades dispensam aos caminhantes em Porto Alegre. Nas reuniões da frente parlamentar que discute o Plano de Mobilidade Urbana, nasceu a ideia de um movimento para lutar pelos direitos dos pedestres. Entre as reclamações, passeios públicos em péssimo estado, desrespeito por parte dos motoristas e o total descaso nos cruzamentos, obrigando as pessoas a longas esperas antes de fazer a travessia correndo.

Para garantir uma espera menor e um tempo maior para cruzar ruas e avenidas com sinaleiras, protocolamos um projeto de lei que altera o Estatuto do Pedestre. O PL dos 30 segundos propõe que a pessoa aguarde, no máximo, meio minuto antes de atravessar, após acionar a botoeira (que hoje parece não funcionar). Para a travessia, o tempo mínimo também será de meio minuto, sendo ainda maior em áreas próximas a hospitais, escolas ou com grande fluxo de pessoas.

Mudar a cultura para que o pedestre deixe de ser um cidadão de segunda classe não é tarefa fácil. Se desejamos viver em um país desenvolvido, temos que modificar esta realidade. Do contrário, a cada ano ficaremos apenas lamentando o aumento das mortes nas ruas da nossa Capital.

*VEREADOR DE PORTO ALEGRE 

domingo, 11 de agosto de 2013

SOLUÇÃO EM DUAS RODAS

ZERO HORA 11 de agosto de 2013 | N° 17519

EDITORIAL INTERATIVO

O governo da Alemanha anunciou nesta semana a construção de uma rodovia exclusiva para bicicletas, como alternativa para o desafogo do tráfego numa das áreas mais movimentadas do país, entre as cidades de Dortmund e Duisburg, dois importantes centros industriais do país mais próspero da Europa. O projeto denominado Radler B-1 será implantado não apenas para aliviar o trânsito, mas também como instrumento de combate à poluição atmosférica. A cicloestrada será implantada paralelamente a um dos trechos mais movimentados da A40, uma das principais rodovias da Europa, e servirá de estímulo para que os alemães usem bicicleta para chegar aos seus locais de trabalho.

A conclusão da nova estrada está prevista para 2021, mas a decisão de construí-la, anunciada pelo ministro de Economia, Energia, Construção e Transporte do país, Harry Voigtsberger, tem um significado histórico porque representa um enfrentamento à lógica do automóvel. Pela primeira vez, um grande investimento público está sendo feito num transporte que não polui e que proporciona vida saudável para seus usuários. Pela primeira vez desde que o automóvel foi inventado, no final do século 19, espaços públicos estão sendo pensados para uma máquina de tração humana.

A iniciativa alemã é mais do que bem-vinda num momento em que a sociedade humana questiona o consumo desenfreado, a pressa irracional e o preço em vidas humanas que o automóvel cobra da humanidade. O Brasil tem todos os motivos para olhar essa ideia com atenção. Nosso trânsito ceifa cerca de 50 mil vidas anualmente, deixando um contingente incontável de sequelados. Os congestionamentos nas estradas brasileiras representam prejuízos consideráveis para a economia e desgaste físico e emocional para as pessoas que se deslocam diariamente pelas estradas e cidades.

Por aqui, infelizmente, a bicicleta ainda não alcançou o prestígio de contar com vias próprias, a não ser trechos estreitos e reduzidos em meio ao trânsito das grandes cidades. Há uma crescente preocupação dos administradores municipais, pressionados pelos usuá-rios, de implantar ciclovias, mas ainda são raras as pistas de boa qualidade, em que o ciclista não precisa disputar espaço com skatistas, pedestres e até animais de estimação. Nada preocupa mais, porém, do que a segurança. Em sua maioria, as pistas para bikes têm tráfego de automóveis nas proximidades ou são cruzadas por veículos, o que costuma gerar acidentes e uma permanente animosidade entre ciclistas e condutores.

Por isso a solução alemã, que já encontra ressonância em outros países europeus, merece ser considerada como alternativa para o trânsito cada vez mais intenso e letal de veículos motorizados em nosso país.

sábado, 10 de agosto de 2013

MORTES E QUEIMA TOTAL DE CARRO E ÔNIBUS

RADIO SÃO LUIZ, 10 de Agosto de 2013

Acidente na BR 285 com morte e queima total dos veículos. Informação extra-oficial que as vítimas são de Canoas e viajavam para São Nicolau


Fotos de Alcides Figueiredo


Segundo informações a Polícia Civil de Santo Angelo, veículo é um Kadet Prata de Canoas, viajavam o Casal e mais um jovem de 13 anos com destino à São Nicolau.

Por volta das 23:30h de sexta-feia (09/08), no KM 526,5 da BR 285 próxima da ponte do Rio Urubucaru, divisa entre São Luiz Gonzaga e Vitória das Missoes, ocorreu uma colisão frontal entre o ônibus placa IUC 6994, carro 625 da empresa Ouro e Prata que saiu às 22:30h da Estação Rodoviária de São Luiz Gonzaga com destino a Porto Alegre e o automóvel que trafegava no sentido Santo Angelo à São Luiz Gonzaga.

Devido o impacto o ônibus ficou desgovernado e arrastou o veículo a cerca de 50 metros e consequentemente ambos foram incendiados, porém, os passageiros saíram ilesos e as pessoas que estavam no veiculo, que provavelmente seja um GM Kadet; morreram presos nas ferragens e carbonizados.

As primeiras informações dão conta de que sejam duas ou tres pessoas que estavam no kadett. até o momento não foram identificados os corpos, devido a queima total das placas do carro e dos documentos.

Devido a gravidade do acidente, foram mobilizados BM de São Luiz Gonzaga, Entre-Ijuis, São Miguel e Vitória das Missões; Corpo de bombeiros de São Luiz e Santo Angelo, SAMU, PRF de Ijui, Policía Civil de São Luiz , e PRE de Entre-Ijuis.




Fonte: Radio Sao Luiz

INDIGNAÇÃO, RECONHECIMENTO E LIÇÕES QUE FICAM


ZERO HORA 10 de agosto de 2013 | N° 17518

FERNANDA DA COSTA E VANESSA KANNENBERG

LONGA ESPERA PELO SALVAMENTO
Desabafo em 1.017 palavras. Após ver filho esperar três horas preso às ferragens, agricultor escreve carta sobre sucateamento dos órgãos de salvamento

Palmas rompem o silêncio do corredor. O som conduz ao quarto 705 do Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo. Uma mãe às lágrimas vê o filho em pé pela primeira vez desde um acidente, apoiado pelo pai e por uma fisioterapeuta. A alegria da recuperação caminha ao lado da indignação frente ao sucateamento dos órgãos de salvamento, que o fizeram esperar três horas até ser conduzido a um hospital. Com as pernas presas às ferragens, Roberto Piva Paim, 31 anos, viu pela janela amassada do carro o desespero dos pais, impotentes.

Na madrugada de 28 de julho, Roberto Paim, o pai, de 60 anos, e a mulher, Ilse Ana Piva Paim, 57 anos, viajavam em uma S10 de Carazinho a Chapada. Eram seguidos pelo filho, que conduzia um Peugeot, ao lado da namorada. No km 8 da VRS-801, em Almirante Tamandaré do Sul, o filho viu um Gol andando no meio da pista. Tentou desviar, mas não evitou a colisão. Na direção do Gol estava Gabriel Douglas Aires, 20 anos, que morreu no local. O morador de Carazinho não tinha CNH.

Quando deixou de ver o carro do filho, o pai voltou. Encontrou-o gravemente ferido e viveu a pior espera de sua vida. Além da falta de equipamentos de resgate do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), os bombeiros que livrariam Roberto das ferragens tiveram de chegar ao local de carona. O caminhão, fabricado há mais de 30 anos, quebrou na estrada. A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o caso, mas aguarda o resultado das perícias. A namorada de Roberto sofreu ferimentos leves.

O acidente foi o único do ano na rodovia, mas suficiente para expor a fragilidade do sistema. Uma semana após a colisão, o agricultor sentou-se no sofá do quarto do hospital. Em silêncio, ao lado do filho, escreveu 1.017 palavras para expor a indignação:

– Escrevi o que deve estar engasgado em outros pais que perderam filhos na estrada por demora do socorro.

Na véspera do Dia dos Pais, ZH reproduz a íntegra da carta, já publicada no Blog de Rosane de Oliveira.

INDIGNAÇÃO E LIÇÕES QUE FICAM - A CARTA


sexta-feira, 9 de agosto de 2013

SEM CINTO DE SEGURANÇA, MULHER MORRE EM ACIDENTE

ZERO HORA 9/08/2013 | 15h25

Mulher morre em acidente na freeway, em Santo Antônio da Patrulha. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal, vítima estava sem cinto de segurança


Veículo teria aquaplanado e caído no canteiro central da rodoviaFoto: Felipe Daroit / Agencia RBS


Uma mulher morreu em um acidente no início da tarde desta sexta-feira no km 28 da freeway, na região de Santo Antônio da Patrulha.

Conforme informações da Polícia Rodoviária Feferal, o veículo que a mulher estava, um Nissan Sentra, trafegava pela rodovia quando aquaplanou, capotou e caiu no canteiro central.

Segundo a PRF, a vítima foi identificada como Mariluci Lopes Alves, 35 anos. Conforme informações preliminares, ela não estaria usando o cinto de segurança no momento do acidente. O motorista do veículo, marido da vítima, foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Santo Antônio da Patrulha.

PARADA BRUSCA, DESATENÇÃO E DISTANCIA NÃO REGULAMENTAR PROVOCAM COLISÃO E MORTE

CORREIO DO POVO 09/08/2013 09:40

Motorista morre em colisão próximo à Arena, em Porto Alegre. Acidente ocorreu no km 94 da BR 290


Colisão próxima à Arena do Grêmio mata homem em Porto Alegre
Crédito: Fabiano do Amaral


Uma colisão traseira, registrada no final da noite dessa quinta-feira na BR 290, a freeway, resultou na morte de um homem em Porto Alegre. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o motorista Élcio Santana da Luz, de 34 anos, faleceu em decorrência do acidente ocorrido no Km 94 da rodovia, próximo à Arena do Grêmio.

Segundo a PRF, Luz conduzia um Astra que atingiu a traseira de um Duster, ocupado por três pessoas, com 21, 46 e 52 anos. De acordo com o relato dos policiais rodoviários, a colisão teria ocorrido porque o motorista do Duster teria reduzido a velocidade subitamente.

O condutor do Astra chegou a ser encaminhado ao Hospital Cristo Redentor, mas não resistiu aos ferimentos. Os passageiros do Duster também foram conduzidos para atendimento em estado grave.

Fonte: Dico Reis / Rádio Guaíba

NO DIA DO PEDESTRE, PELO MENOS OITO PESSOAS SÃO ATROPELADAS EM PORTO ALEGRE

CORREIO DO POVO 08/08/2013 22:42

Pelo menos oito pessoas são atropeladas no dia do pedestre na Capital. Mortes no trânsito cresceram em Porto Alegre ao longo do primeiro semestre deste ano



Mortes no trânsito cresceram em Porto Alegre ao longo do primeiro semestre deste ano
Crédito: Lucas Barroso / PMPA / CP


Apesar das campanhas de educação no trânsito no Dia do Pedestre, pelo menos oito pessoas foram atropeladas nesta quinta-feira, em Porto Alegre. De acordo com a estatística da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), só nos primeiros sete meses do ano, 867 pessoas ficaram feridas no trânsito em razão de atropelamentos, com 29 vítimas fatais, na Capital. Do total de mortes, 12 ocorreram em acidentes com ônibus, nove delas em corredores exclusivos. O número de vítimas fatais cresceu em relação a 2012.

Nesta quinta-feira, agentes da EPTC distribuíram materiais informativos para pedestres sobre uma circulação mais segura, com menos riscos de atropelamentos e abordou pedestres sobre riscos de travessias em locais e momentos inadequados.

Conforme informativos, as faixas etárias com maior risco são entre 30 e 59 anos, com 10 mortes, e acima de 60 anos, com um total de 15 vítimas fatais. “Intensificamos nossas ações de educação, fiscalização e engenharia de tráfego para a maior conscientização de pedestres e motoristas, visando à proteção da população no dia a dia do trânsito”, explica Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.


Fonte: Rádio Guaíba

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

LEI SECA: LEI OBSCURA E ENTENDIMENTO DIVERGENTE

ZERO HORA 08/08/2013 | 15h36

Polícias divergem sobre soltura de motorista suspeito de embriaguez em acidente na ponte do Guaíba. Entendimentos diferentes sobre provas testemunhais provocaram a soltura do motorista que acessou a ponte do Guaíba na contramão provocando uma colisão


Foto: Divulgação / PRF


Thiago Tieze

A soltura de um motorista, suspeito de dirigir embriagado, após se envolver em um acidente na ponte do Guaíba, provoca divergência entre as polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF).

Enquanto para o inspetor Alessandro Castro, chefe de comunicação da PRF, a prova testemunhal dos policiais que atenderam o caso bastaria para a prisão em flagrante do condutor, para o delegado Leandro Araújo, plantonista na Delegacia de Polícia de Trânsito (Dptran) que atendeu a ocorrência, a prova médica contrariou a testemunhal, produzindo uma incerteza.

— A princípio, para a prisão em flagrante não se revelou essa certeza (da embriaguez), porque o médico disse que não estava, mas pode constar no laudo definitivo que o condutor estava acima do limite permitido — afirma o delegado.

Segundo Araújo, o inquérito está instaurado e foram recolhidas amostras de sangue e urina para que seja realizado o teste.

Ainda assim, o inspetor lamenta a decisão de Araújo, pois entende que há um valor educativo muito grande na prisão de suspeitos de embriaguez que tenham contra si provas testemunhais como o Termos de Constatação.

— As provas se equivalem. Os policiais que atenderam a ocorrência alegam que o motorista estava exalando álcool, foi assinado um termo (de constatação) e mesmo assim, infelizmente, o sujeito foi liberado.

O que aconteceu

O motorista de 28 anos, que não teve a identidade divulgada pela PRF, subiu a ponte no sentido Capital-Interior na contramão, colidindo na van em uma das curvas da alça. Às 10h a PRF ainda estava registrando a ocorrência do condutor, que se negou a fazer o teste do bafômetro, mas o policial que atendeu o acidente realizou o Termo de Constatação, atestando que o indivíduo apresentava sinais de embriaguez no momento do acidente.

Levado até o plantão da Delegacia Policial de Trânsito (Dptran) de Porto Alegre, o motorista não teve a embriaguez reconhecida pelo delegado plantonista, que se baseou em um laudo médico negativo do Departamento Médico Legal. O condutor, que poderia ser preso caso fosse comprovada a ingestão de álcool, realizou coleta de urina e sangue para teste e foi liberado.

A colisão aconteceu por volta das 5h30min e provocou congestionamento até a liberação da pista, que ocorreu em torno das 6h15min. Segundo a PRF os documentos dele estariam em dia. Ninguém se feriu com a colisão.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

CAMINHONEIRO É PRESO PELA SEGUNDA VEZ POR DIRIGIR EMBRIAGADO

ZERO HORA 07/08/2013 | 10h32

Caminhoneiro é preso pela segunda vez em quatro meses por dirigir embriagado em rodovias federais. Condutor foi flagrado na BR-386, em Sarandi, após denúncia anônima de sucessivas imprudências na estrada

O motorista de um caminhão com placas de Maravilha (SC) foi preso na terça-feira por dirigir sob efeito de álcool na rodovia que liga Carazinho a Frederico Westphalen (BR-386), no norte do Estado. Esta é a segunda vez que o homem é detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em quatro meses pelo mesmo tipo de ocorrência. Em abril, ele havia sido flagrado no posto rodoviário de Cruz Alta.

Após denúncia anônima que dava conta de que o veículo estaria cometendo imprudências na estrada na terça-feira, a PRF abordou o motorista no posto de Sarandi. Ao verificar o veículo, os agentes notaram que o disco do tacógrafo estava vencido desde 3 de abril, quando o dispositivo deve ser trocado semanalmente.

Além disso, os policiais notaram indícios de embriaguez no condutor. Submetido ao teste do bafômetro, foi constatado que o caminhoneiro havia ingerido 1,12 miligramas de álcool por litro de ar expelido, quantidade 10 vezes acima do tolerado. Após autuação, ele foi conduzido à Delegacia de Polícia (DP) de Sarandi.

Carro a 190 km/h na freeway


Foto: Reprodução / Polícia Rodoviária Federal

Na segunda-feira, uma operação de fiscalização da PRF flagrou o motorista de um BMW X5 dirigindo a 190 km/h no trecho de Gravataí da freeway. O radar móvel registrou a imprudência pouco depois das 16h em um local onde a velocidade máxima permitida é de 110 km/h.

Conforme a PRF, o condutor teve aberto processo de suspensão da carteira de motorista e pode até um ano sem o direito de dirigir.


ZERO HORA

EX-VEREADOR MORRE AO INVADIR A PISTA CONTRÁRIA

ZERO HORA ONLINE 07/08/2013 | 13h11

Ex-vereador de Ametista do Sul morre em acidente em Frederico Westphalen. Celso Luiz Castelli, de 55 anos, não resistiu a batida e morreu no local


Veículo invadiu pista contrária e colidiu com caminhãoFoto: Jardel da Costa / Arquivo Pessoal


Uma colisão frontal entre um Gol e uma carreta Scania deixou uma pessoa morta no final da manhã desta quarta-feira, no km 35 da BR-386, em Frederico Westphalen, no norte do Estado. A vítima foi o ex-vereador de Ametista do Sul Celso Luiz Castelli, 55 anos, que morreu no local.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o gol com placas de Ametista do Sul trafegava no sentido Seberi - Frederico Westphalen quando invadiu a pista contrária e colidiu com a carreta, com placas de Tuparendi.

O condutor do caminhão não se feriu. O trânsito no local está parcialmente interrompido.

ZERO HORA

IRMÃS MORREM EM ACIDENTE PROVOCADO POR CAMINHÃO

ZERO HORA ONLINE 07/08/2013 | 18h36

Irmãs de Santa Maria morrem carbonizadas em acidente na RS-153, em Gramado Xavier. Elas estavam em um carro que pegou fogo após colisão com caminhão nesta terça-feira. Velório ocorre nas capelas do Hospital de Caridade


Os motoristas dos caminhões tentaram apagar o fogo com extintores, mas não teria sido suficiente
Foto: Batalhão Rodoviário da Brigada Militar / Divulgação


Duas irmãs morreram carbonizadas em um acidente na RS-153, em Gramado Xavier, próximo a Santa Cruz do Sul, por volta das 17h desta terça-feira. Gabriela e Simone Cardoso Fernandes tinham de 20 e 30 anos, respectivamente, e estavam em um Fiat Uno com placas de Santa Maria. Elas estavam no banco de trás do veículo.

Simone era técnica de Enfermagem e trabalhava no Hospital de Caridade de Santa Maria. Ela deixa uma filha de 8 anos. O velório das irmãs ocorre nas capelasdo hospital.

O motorista, Claiton Castronovo Pedrollo, 24 anos, e o passageiro da frente, Leandro Silveira Tambesi, 37, companheiros das vítimas, ficaram feridos e foram encaminhados ao Hospital de Santa Cruz Sul, mas receberam alta no mesmo dia.

As vítimas eram filhas de sargento do Corpo de Bombeiros de Santa Maria Luiz Alberi Fernandes.

O acidente

Segundo o Batalhão Rodoviário da Brigada Militar de Santa Cruz do Sul, o carro, que trafegava entre dois veículos de grande porte, foi atingido na traseira por um caminhão-guincho que estaria em alta velocidade. Com o impacto, o Uno acertou a traseira de uma outra carreta que estava à frente e pegou fogo. Segundo a Polícia Civil de Boqueirão do Leão, os motoristas dos caminhões tentaram apagar o fogo com extintores, mas não teria sido suficiente. O Corpo de Bombeiros de Soledade atendeu a ocorrência.

Conforme a Polícia Civil, o motorista do caminhão-guincho deverá ser indiciado, já que o veículo poderia estar além da velocidade permitida. O motorista fez o teste do bafômetro que não apontou ingestão de álcool. Ainda nesta quarta-feira, a polícia civil ouvirá testemunhas do acidente.


DIÁRIO DE SANTA MARIA

CADA VEZ MAIS BURROS

ZERO HORA 07 de agosto de 2013 | N° 17515

ARTIGOS
 André Machado*



Diariamente subo a Ramiro Barcelos no caminho da Rádio Gaúcha para minha casa. No trecho entre a Protásio Alves e a Independência há três faixas de segurança exatamente como aquelas onde devemos dar prioridade ao pedestre. Daquelas que a fracassada campanha da mãozinha preconizava que respeitássemos. Não há sinaleira em nenhuma delas. Quando freio para a travessia de um pedestre, vem junto o medo. Seja de uma colisão traseira, seja de uma ultrapassagem na lateral que venha a atropelar quem atravessa a rua.

Seria apenas uma parte a resolver se o problema fosse apenas este. Há também os casos de pedestres que insistem em atravessar fora da faixa de segurança. Na maioria das vezes, a poucos metros dela. Muitas vezes, idosos. Não é por nada que as mortes por atropelamento cresceram quase 82% nos sete primeiros meses do ano em Porto Alegre. Junto com esta estatística, há outra que aponta o mês de julho como o mais mortífero do trânsito da Capital.

Estamos cada vez mais estúpidos e com menos paciência. Mas, quando cada um de nós for buscar uma razão para a violência sem freio do trânsito, dificilmente um de nós assumirá a sua culpa. A responsabilidade será sempre da EPTC, que só quer arrecadar, do pavimento irregular de muitas ruas ou avenidas ou então do motorista do outro veículo, que é imprudente. São as nossas desculpas corriqueiras. Num rápido exame de consciência você pode dizer que respeita as regras de trânsito? Para na faixa quando alguém quer atravessar?

Nossa cultura é tão absurda, que há poucos dias recebi no Twitter uma mensagem dizendo que “só faltava eu querer dizer que andava a 80 km/h”. O Joãozinho Passo-Certo não é bem-vindo na nossa sociedade. Quem respeita a lei é “trouxa”. Quem segue a regra de trânsito é “mala”. Minha esperança de um trânsito melhor não está na nossa geração. Está em quem hoje ocupa os bancos escolares (mesmo com o estado dramático da nossa educação).

A verdade é que estamos cada vez mais burros. Talvez sempre tenhamos sido. Construímos uma cidade que privilegia o transporte individual em detrimento do público. Não temos metrô, desistimos dos bondes e transformamos o nosso aeromóvel em uma linha minúscula décadas depois de ter sido criado por um gaúcho.

Montamos um sistema viário de ruas apertadas e excessos de sinaleiras. A combinação de cada vez mais carros nas ruas em meio a um estoque assustador de semáforos é um convite ao trânsito lento e ao estresse. E este certamente contribui para que o motorista seja mais estúpido pela sua impaciência. Por mais que esta premissa seja verdadeira, há outra maior que não pode ser esquecida. O homem vem sempre antes da máquina. Nas ruas também.


*JORNALISTA

terça-feira, 6 de agosto de 2013

HOMEM QUE MATOU PAI E FILHO TINHA 10 MULTAS DE TRÂNSITO

ZERO HORA 06 de agosto de 2013 | N° 17514

IMPRUDÊNCIA NA BR-386

Homem que matou pai e filho tinha 10 multas de trânsito. Detido preventivamente no Presídio Estadual de Lajeado, ele preferiu não dar explicações à polícia



Mesmo após ter recebido 10 multas por infrações no trânsito, uma delas por dirigir embriagado, que lhe rendeu suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), um homem de 34 anos voltou a dirigir sob efeito de álcool e acabou matando duas pessoas. Pedreiro, pai de duas crianças, casado e morador de Lajeado, no Vale do Taquari, Altair Teixeira Carvalho preferiu ficar em silêncio diante da polícia.

Carvalho também se recusou a falar com a reportagem, apesar de autorização concedida pela Vara de Execuções Criminais, já que ele está detido no Presídio Estadual de Lajeado. Quem falou foi a mulher. Prestadora de serviços gerais de uma empresa terceirizada da Centro Universitário Univates, Leandra Vieira de Oliveira, 35 anos, se diz atônita com os fatos:

– Ele sempre foi um pai maravilhoso e um ótimo marido. Desde que a CNH foi suspensa, ele não dirigia mais. Só saiu sábado pra levar o carro na oficina, onde a gente deixa o Gol, já que não temos garagem.

No chalé azul, que fica nos fundos da casa dos sogros de Carvalho, no bairro Centenário, vivem o casal e os filhos de sete e 13 anos. Nascido em São Luiz Gonzaga, na região das Missões, ele se mudou há 13 anos com a mulher para Lajeado em busca de mais oportunidades. Atualmente, o pedreiro estava trabalhando para uma arquiteta em Porto Alegre e ficava de segunda a sexta-feira realizando serviços na Capital.

Segundo a mulher, ele costumava ir a Porto Alegre no Gol da família, mas o veículo era conduzido por algum dos serventes que ia junto. Nas últimas semanas, como o carro estava estragado, estava indo de ônibus.

Na noite de sábado, com o Gol já consertado, Carvalho não chegou a ir à oficina. Quem afirma é o proprietário e amigo Ronaldo Franciosi, 34 anos. Mas nem ele nem Leandra sabem onde ele foi.

Às 23h, no quilômetro 345 da rodovia Iraí-Canoas (BR-386), ele colidiu com uma Pajero, onde estavam Lissandro Stroher de Mello, 36 anos, e o filho Igor da Silva Mello, 11 anos, que morreram na hora, e Janaína Estigarriba da Silva, 41 anos e Larissa da Silva de Mello, sete anos, que ficaram feridas. Depois, Carvalho fugiu do local, possivelmente a pé.

Conforme o delegado Silvo Huppes, que abriu um inquérito para investigar o caso, o condutor foi encontrado em casa alcoolizado – o que foi comprovado por bafômetro –, e recém saído do banho. Ele foi autuado em flagrante e encaminhado ao presídio. Mais tarde, a Justiça decretou prisão preventiva. Por isso, a investigação deve ser concluída em até 10 dias.

VANESSA KANNENBERG | LAJEADO


Motorista estaria em alta velocidade

De acordo com o chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da região de Lajeado, Leandro Wachholz, além de o motorista estar com a CNH suspensa e não ter entregue o documento às autoridades, o Gol estava com o licenciamento vencido. Mas os indícios do local do acidente ainda apontam para excesso de velocidade.

– Pelo tamanho do estrago, ele estava a pelo menos 110 km/h. Além disso, estava chovendo e ele deve ter aquaplanado, perdeu o controle do carro, passou pela valeta que separa os dois sentidos da pista e, impulsionado com a subida, literalmente, decolou até atingir a Pajero em cheio do outro lado – relata Wachholz.

Entre as 10 multas sofridas por Altair Teixeira Carvalho, além de uma por dirigir embriagado em abril do ano passado, estão cinco infrações por excesso de velocidade, uma por ultrapassagem irregular, duas por estacionamento e uma por dirigir de chinelo. As infrações somam 48 pontos na carteira e quase R$ 4 mil.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CARRO BATE EM POSTE E MOTOR SALTA PARA FORA

ZERO HORA 02/08/2013 | 10h40

Carro bate em poste e motor "salta" para fora do veículo na Capital. Acidente ocorreu no final da madrugada desta sexta na Zona Norte


Motor do Voyage foi parar a cerca de 10 metros do carroFoto: Márcio Doval / Arquivo Pessoal

Mauro Saraiva Jr.

Um automóvel Voyage bateu em um poste no final da madrugada desta sexta-feira na zona norte de Porto Alegre. O veículo trafegava pela Avenida Assis Brasil em direção a Alvorada e colidiu contra o objeto ao acessar a Avenida Baltazar de Oliveira Garcia. Com a força do impacto, o motor "voou" a cerca de 10 metros do carro.

O motorista, um homem de 39 anos, ficou preso às ferragens. Depois de ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ele foi encaminhado em estado regular ao Hospital Cristo Redentor.

Conforme a Brigada Militar (BM) constatou após o acidente, o velocímetro do carro apontava velocidade superior a 200 km/h. Porém, não é possível afirmar se aquele era o registro do momento da colisão ou se o ponteiro moveu-se em conta de um problema mecânico depois da colisão.

Foto: Márcio Doval / Arquivo Pessoal

ZERO HORA E RÁDIO GAÚCHA

DOIS MILITARES E UMA MULHER MORREM EM COLISÃO FRONTAL


ZERO HORA ONLINE 02/08/2013 | 07h48

Dois militares e uma mulher morrem em colisão frontal na ERS-239, em Novo Hamburgo. Choque entre carros ocorreu sobre o viaduto do bairro São José


Foto: Mateus Ferraz / Rádio Gaúcha


Pelo menos três pessoas morreram em uma colisão frontal entre dois carros na ERS-239, em Novo Hamburgo, na manhã desta sexta-feira. Outras cinco ficaram feridas e foram encaminhadas a hospitais da região.

Segundo informações do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) de Sapiranga, as vítimas seriam dois militares do exército de São Leopoldo, Roberto Pereira Mendes e Felipe do Amaral Korsack, e Bianca Pavão de Oliveira.

Conforme CRBM, um dos veículos, que estaria com sete pessoas, entre as quais as vítimas, estava no sentido Taquara-Novo Hamburgo e atravessou a pista, atingindo o outro carro, no qual encontrava-se somente o motorista.

O acidente aconteceu próximo ao viaduto do bairro São José, que está bloqueado para perícia, o que provoca congestionamento na região.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

NOVOS PARDAIS NO VERÃO


ZERO HORA 01 de agosto de 2013 | N° 17509

FUTURA NINHADA. Daer projeta novos pardais no verão


Depois de dois anos e meio com pardais desligados nas rodovias estaduais, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) espera implantar 45 aparelhos – cuja localização exata não será informada – às margens de 14 rodovias gaúchas. Mas o arrastado processo de licitação ainda não tem data para ser retomado.

Ao finalizar o termo de referência para a nova licitação que pretende ativar 45 pardais em 14 rodovias estaduais até o próximo verão, o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) adiantou que não irá sinalizar o trecho monitorado. As placas indicarão apenas o limite de velocidade.

A medida é justificada pelo viés educativo, já que o excesso de velocidade é considerado um dos fatores mais relevantes para acidentes graves de trânsito, mas gera controvérsia pelo potencial de arrecadação em multas.

– A legislação permite fazer isso. É uma forma de evitar que os motoristas reduzam a velocidade em determinados pontos e, logo em seguida, voltem a circular acima do permitido – justifica o diretor de Operação Rodoviária do Daer, Cleber Domingues.

Estatísticas do Comando Rodoviário da Brigada Militar apontam para um aumento de 119% no número de acidentes nas rodovias estaduais gaúchas no ano de 2012, na comparação com 2011 (veja acima). É um contraste com a estimativa de redução de 5,1% no total de acidentes no Estado entre 2010 e 2012, conforme informações do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).

O engenheiro de trânsito Walter Kauffmann Neto, consultor da ONG Alerta, concorda que os radares podem ser úteis em trechos perigosos das rodovias. Do contrário, acredita, o uso do equipamento tem caráter “meramente arrecadatório”.

Os controladores multavam 345 motoristas por dia. Nessa média, cerca de 334 mil multas por excesso de velocidade teriam sido aplicadas de novembro de 2010 para cá, se os pardais estivessem funcionando. As multas por excesso de velocidade lideram o ranking do Detran: responderam por 38% do total de autuações em 2012.

– Às vezes, o condutor excede o limite sem perceber, está prestando atenção na pista. O objetivo de não sinalizar é multar ou coibir o excesso de velocidade? – questiona Kauffmann.

Nesse sentido, o engenheiro defende que, mesmo sem a indicação exata do local onde está o controlador, o motorista precisa ser informado que a via está sendo monitorada por pardais. Já o coordenador das operações Viagem Segura e Balada Segura do Detran, Adelto Rohr, elogia a opção por não informar os trechos monitorados.

– A sinalização “aqui tem pardal” era o que mais deseducava, porque indicava cuidado somente naquele local. O que tem que valer é a placa da velocidade máxima permitida. Aí, sim, vai afetar numa mudança de comportamento – avalia Rohr.

Pelo estudo técnico apresentado pelo Daer à Subsecretaria da Administração – Central de Licitações (Celic), 45 pardais serão distribuídos em 14 rodovias (veja na página 5). Entre elas, estão estradas de grande movimento, especialmente no verão, como a ERS-030, a ERS-040 e a ERS-389, a Estrada do Mar – vias que, como a Freeway, levam ao Litoral Norte.

Antes, eram 60 equipamentos em 18 estradas. O contrato será de dois anos, renovável por mais dois anos, no valor de R$ 7 milhões.

Cleber Domingues explica que a redução tem a ver com resultados de um estudo técnico, que levou em conta nível de acidentalidade, volume de veículos e excesso de velocidade. A elaboração dessa análise, segundo ele, foi a principal razão para a morosidade do processo (leia na página 5), que chegou a ser iniciado em 2011, mas parou porque a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) mudou alguns requisitos do edital. Em concorrências anteriores, o estudo era feito somente após a escolha do vencedor.

O Daer pretende, mas não garante, que os pardais estejam funcionando no próximo veraneio. A data de publicação do edital ainda está indefinida.

O que diz a lei

Publicada em 2011, a resolução 396, do Contran, acaba com a obrigatoriedade de avisar ao motorista onde há fiscalização eletrônica. Nos locais onde não existe sinalização regulamentando a velocidade, os limites máximos deverão ser os fixados no artigo 61 do Código de Trânsito Brasileiro. Mas a norma determina que o radar deve ser colocado em local visível. A resolução 214, de 2006, obrigava os órgãos de trânsito a instalar sinalização vertical, informando a existência de fiscalização na via.

TAÍS SEIBT



CAMINHÃO INVADE A PISTA CONTRÁRIA, COLIDE E CAUSA UMA MORTE

(Jardel da Costa/Especial)
ZERO HORA ONLINE 01/08/2013 | 06h11

Homem morre após colisão entre dois caminhões em Lajeado do Bugre. Acidente ocorreu no km 83,9 da BR-386, no norte do Estado

Um homem morreu após a colisão frontal entre um caminhão e um bitrem no início da madrugada desta quinta-feira, na BR-386, em Lajeado do Bugre, no norte do Estado. O acidente ocorreu por volta da 1h15min, no km 83,9 no sentido Seberi-Sarandi.

Eliandro Moreira, de 29 anos, morreu no local. Ele conduzia um caminhão Mercedes Benz/914, com placas de Frederico Westphalen, local para onde se dirigia. Já o condutor do bitrem, Emerson Rivelino Ercego, foi encaminhado ao Hospital de Caridade Palmeira das Missões com ferimentos leves. Ele dirigia um Cavalo Trator Mercedes Benz, com placas de Toledo/PR, carregado de farelo de soja.

Ainda não há informações sobre quem teria invadido a pista contrária e causado a colisão. O trânsito segue normalmente no trecho.